
“Permita que eu fale, e não as minhas cicatrizes.” A música “AmarElo”, do Emicida, não virou um hino contra o racismo à toa. Dar voz à comunidade negra, permitir que mostre suas particularidades e fale sobre suas necessidades é dever das marcas comprometidas com o consumidor e com a sociedade.
De acordo com o IBGE, 56% da população brasileira é negra, o que equivale a mais de 100 milhões de pessoas. Segundo dados do Instituto Locomotiva, os negros movimentam R$ 1,7 trilhão por ano. Contudo, 72% dos consumidores negros não se identificam com as propagandas dos produtos que consomem.
Tendo em vista esses números e seus infinitos zeros à direita, quantos por cento do seu esforço em propaganda é voltado para essa comunidade?
Segundo pesquisas, 64% dos creators pretos não consideram o mercado de marketing de influência inclusivo. Pretos recebem em média 12% menos que brancos, mesmo com um nível similar de engajamento. Logo, as verbas de marketing estão claramente migrando de mídia para conteúdo/influência. As marcas estão trabalhando com outras possibilidades de cocriação e formas de se aproximar, estabelecer relacionamento de longo prazo com creators e colocá-los na mesa para discutir suas ideias.
Em suma, avaliado em US$ 16,4 bilhões em 2022, espera-se que o mercado global de plataformas de marketing de influência continue crescendo cerca de 33,4% ao ano de 2022 a 2030.
Nohoa Arcanjo, fundadora e Growth Leader da Creators.LLC.
Fonte: Fast Company Brasil.